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Deixa eu repetir o que falo com bastante frequência: trabalhar em equipe pode ser um verdadeiro desastre se você não souber o que está fazendo. Está cansado de ouvir baboseiras sobre “colaboração” e “sinergia”? Pois segura, porque tem um lado obscuro do trabalho em grupo.

por Júlio Diógenes

O Veneno do Ego

Quando todo mundo quer ser o chefe, ninguém quer ser o indiano. Este é um mantra no mundo dos negócios que muitos ignoram, mas que eu, Júlio, estou aqui para martelar na sua cabeça até que você nunca mais esqueça. O veneno do ego é real, e eu já vi esse veneno destruir projetos mais promissores que a carreira de uma estrela do sertanejo (sei que a comparação foi complicada, mas foi o que veio na minha cabeça). Deixa eu te explicar:

Primeiro, vamos entender uma coisa: ego não é sobre autoconfiança. Ego é quando a autoimagem de alguém cresce tanto que começa a distorcer a realidade ao redor. Nos meus anos de experiência, vi líderes e membros de equipe que, por se considerarem insubstituíveis, criaram um ambiente tóxico onde ninguém mais podia respirar. Essas são as pessoas que precisam de um palco, não de uma equipe. Eles não estão jogando para ganhar juntos; estão jogando para serem vistos vencendo sozinhos.

Reconhecer um ego perigoso é essencial. Aqui estão alguns sinais vermelhos:

Crédito Excessivo: A pessoa sempre quer o crédito, não importa o quão pequena tenha sido sua contribuição.

Falta de Empatia: Eles raramente consideram ou reconhecem os sentimentos ou contribuições dos outros.

Decisões Unilaterais: Tomam decisões importantes sem consultar a equipe, muitas vezes baseadas apenas em suas próprias convicções.

Defensividade: Qualquer crítica é recebida com hostilidade ou justificativas sem fim.

Depois de identificar um ego que está prestes a explodir, o próximo passo é desintoxicar. Aqui estão algumas estratégias que eu recomendo:

Feedback Construtivo e Regular: Implemente sessões de feedback onde todos, incluindo os líderes, recebem e dão feedback. Isso ajuda a manter todos no chão e conscientes.

Regras Claras de Engajamento: Defina regras claras sobre comunicação e tomada de decisão dentro da equipe. Isso reduz a chance de comportamentos egocêntricos se sobreporem ao objetivo comum.

Celebração Coletiva: Certifique-se de celebrar as vitórias como um time. Isso inclui reconhecer a contribuição de cada um, mostrando que nenhum sucesso é fruto de um esforço solitário.

Por fim, a melhor maneira de combater o veneno do ego é com uma dose sólida de humildade. Encorajar uma cultura onde todos, independentemente da posição, possam aprender uns com os outros e reconhecer seus erros, é fundamental. E não se engane, isso começa no topo. Se os líderes não modelarem a humildade, ninguém o fará.

Quando o Silêncio Mata

A falta de comunicação é como um câncer silencioso nos projetos. O silêncio entre os membros de uma equipe pode ser tão letal quanto qualquer erro crasso de gestão. Deixa eu te explica melhorr:

Entenda uma coisa: quando as pessoas param de falar, os problemas começam a se acumular. Imagine um cenário onde problemas cruciais são conhecidos por alguns, mas não são discutidos abertamente. O resultado? Decisões são tomadas baseadas em informações incompletas, problemas simples escalonam para crises, e no final, todos perdem.

Para quebrar o silêncio, primeiro você precisa entender por que ele existe. Medo de represálias, falta de confiança na liderança, ou simplesmente uma cultura de “isso não é problema meu”. Cada uma dessas raízes alimenta o silêncio de uma maneira que apenas deteriora a saúde do projeto.

Deixa eu te dar algumas ferramentas para quebrar esse silêncio:

. Comunicação Regular e Estruturada: Implemente rituais de comunicação, como reuniões diárias ou semanais, onde todos têm a chance e são incentivados a falar.

Canais Abertos: Promova o uso de canais de comunicação onde os membros da equipe possam expressar preocupações e sugestões de maneira anônima se necessário.

Cultura de Feedback: Estabeleça uma cultura onde o feedback é visto como uma ferramenta de crescimento, não como uma arma para reprimendas.

Liderança de Fachada

Líder fraco não faz verão, e eu estou aqui para expor a verdade sobre aqueles que fingem saber liderar, mas estão mais perdidos que turista sem mapa. Esses são os líderes de fachada, os que falam muito e fazem pouco, os que prometem o céu, mas entregam o inferno.

Uma liderança fraca pode ser identificada por promessas não cumpridas, falta de direção clara, decisões inconsistentes, e uma incapacidade crônica de enfrentar desafios. Esses líderes geralmente dependem de jargões e clichês, evitando tomar decisões difíceis ou, pior, escondendo-se atrás de suas equipes quando as coisas vão mal.

A falta de liderança real pode levar a uma desmotivação generalizada, turnover alto, e falhas catastróficas nos projetos. Quando os membros da equipe não têm um líder em quem confiar, o caos se instala, e a produtividade e a moral despencam.

Deixa eu te ajudar com alguns pontos de uma liderança forte:

Transparência nas Ações: Um líder eficaz é aberto sobre suas decisões e sempre disposto a explicar o porquê de suas escolhas.

Consistência e Confiança: Seja consistente nas ações e promessas. Isso constrói uma base de confiança sólida com a equipe.

Enfrentando Desafios de Frente: Um verdadeiro líder não se esconde atrás de sua equipe; ele enfrenta desafios de frente e mostra pelo exemplo como superar adversidades.

A Cultura do Terror

Uma equipe amedrontada é, sem dúvida, uma equipe morta. Aqui estou eu, Júlio Diógenes, para falar sobre esses ambientes tóxicos onde o medo de errar sufoca qualquer faísca de inovação antes mesmo que ela possa acender. Nesses lugares, o medo reina supremo, e o custo não é apenas a criatividade, mas a alma da equipe.

O medo de errar pode se infiltrar em uma equipe como um veneno silencioso, paralisando membros talentosos e impedindo-os de tentar algo novo. Em ambientes assim, as pessoas jogam pelo seguro, repetindo velhas fórmulas até que estas se tornem obsoletas. Erros são vistos como falhas catastróficas, não oportunidades de aprendizado.

Mas, como transformar o medo em oportunidade/liberdade? Uma nova cultura.

Celebração dos Erros: Implemente uma política de celebração de erros como oportunidades de aprendizado. Quando alguém falha, explore o que pode ser aprendido, em vez de aplicar punições.

Sessões de Brainstorming Seguras: Crie espaços onde as pessoas possam propor ideias sem julgamento. Esses brainstormings devem ser zonas livres de críticas, onde qualquer ideia, por mais fora da caixa que seja, possa ser explorada.

Liderança Vulnerável: Encoraje líderes a compartilhar suas próprias falhas e o que aprenderam com elas. Uma liderança que admite vulnerabilidades cria um ambiente onde arriscar é natural e aceitável.

Renascendo das Cinzas

Agora, um raro momento inspirador. várias equipes, apesar de terem sido consumidas pelo fogo do fracasso, conseguiram renascer das cinzas. A resiliência não é algo que se compra, é algo que se constrói, dia após dia. Aqui estão algumas maneiras de fortalecer essa qualidade em sua equipe:

Aprendizado Contínuo: Encoraje uma cultura de aprendizado contínuo, onde cursos, workshops e treinamentos são parte regular do desenvolvimento da equipe.

Feedback Constante: Mantenha linhas de comunicação abertas para feedback constante. Isso ajuda a ajustar e afinar estratégias e processos, fortalecendo a equipe contra futuros desafios.

Suporte e Solidariedade: Cultive um ambiente onde os membros da equipe se apoiem mutuamente em tempos de crise. O suporte mútuo é um poderoso combustível para a resiliência.


Encarar a realidade não é para os fracos. Use as lições que compartilhei para forjar uma equipe imbatível. Não, não vai ser fácil. Mas, caramba, posso garantir que vai valer a pena. Erre com qualidade, aprenda com eles, e então, faça diferente.

Até o próximo #FailTalks.